A fábrica da Toyota em Porto Feliz, SP, começará a produzir em 2025 o motor que integrará a tecnologia híbrida flex do novo modelo compacto que sairá das linhas de Sorocaba o Yaris Cross. Inicia, desta forma, processo de localização da produção do sistema híbrido, hoje quase inteiramente importado do Japão para equipar os Corolla e Corolla Cross nas versões híbrida flex.
Todo o conjunto mecânico do motor do Yaris Cross – bloco, cabeçote, bielas, pistões – será produzido no Brasil e montado em Porto Feliz. Gradualmente serão desenvolvidos fornecedores para os componentes elétricos do sistema, como o motor elétrico, alternador e bateria. Esta última já com prazo de montagem em Sorocaba:
“Estamos reservando uma área das novas instalações para a montagem das baterias, possivelmente até 2026”, disse o presidente da Toyota do Brasil, Evandro Maggio. “Com relação ao sistema híbrido por ora a parte de combustão será feita em Porto Feliz e estamos estudando localizar a parte elétrica também”.
Os motores com sistema híbrido flex sairão de Porto Feliz rumo a Sorocaba já em 2025, quando começa a produção do novo modelo compacto. Em paralelo seguem as obras e o desenvolvimento de um modelo inédito para a nova unidade cuja pedra fundamental foi assentada na quinta-feira, 31:
“Trata-se de uma outra plataforma, que será montada na fábrica nova. É um modelo desenvolvido para o mercado local, com perfil para o Brasil. Está em estudos sua viabilidade para exportação”.
A nova unidade receberá também as linhas do sedã Corolla, atualmente produzido em Indaiatuba, SP, em fábrica que será descontinuada. Os motores das versões híbridas deste modelo e do Corolla Cross, por enquanto, seguirão sendo importados, mas sua nacionalização também está na mira.
A Toyota investe, no total, R$ 11 bilhões no mercado brasileiro até 2030 em duas fases: a primeira, de R$ 5 bilhões até 2026, contempla a nova fábrica, a produção do compacto e do modelo inédito, a ampliação e introdução de novos motores em Porto Feliz e o novo centro de distribuição, em Sorocaba, que será inaugurado na semana que vem. Para tornar viável este aporte a companhia obteve R$ 1 bilhão em crédito de ICMS acumulado junto ao governo do Estado de São Paulo, por meio do programa Pró Veículo. A segunda fase está em negociação com a matriz e envolverá novos modelos, segundo Maggio, sem citar pormenores.
A nova fábrica, segundo Maggio, gerará quinhentos empregos diretos até 2026 e até 2 mil postos de trabalho até 2030. A estimativa é que, somados os indiretos, 10 mil empregos sejam criados.
Fonte: AutoData
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