Os contratos futuros do petróleo recuaram 2% nesta segunda-feira (17), devolvendo parte dos ganhos da semana passada, pressionado pelo dólar forte no exterior. Investidores de energia também estão monitorando sinais de demanda e aguardando dados da China — em especial, o Produto Interno Bruto (PIB) — que serão publicados nesta noite.
O petróleo WTI para maio fechou com perda de 2,05% (US$ 1,69), a US$ 80,83 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho recuou 1,79% (US$ 1,55), a US$ 84,76 por barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
O óleo iniciou a sessão oscilando próximo à estabilidade, contudo firmou queda ao longo da manhã. As perdas foram acentuadas com o fortalecimento do dólar no exterior e a piora do sentimento de risco em Nova York, após dados dos EUA indicarem melhora acima das expectativas nas condições da manufatura e incentivarem apostas por aperto monetário do Federal Reserve (Fed).
Em nota, o ING avalia que o mercado também está ponderando sobre preocupações com a demanda da commodity, mesmo diante de expectativas de oferta mais apertada.
Gerente de Pesquisa e Análise da Schneider Electric, Robbie Fraser aponta que os preços do petróleo estão “começando a semana na defensiva” e destaca que os ganhos na semana anterior foram sustentados principalmente pela queda nos estoques dos EUA.
Hoje, o Departamento de Energia (DoE) americano anunciou que vendeu na semana passada mais 1,6 milhão de barris de petróleo bruto da Reserva Estratégica de Petróleo do país para o lado comercial, reduzindo as reservas totais para 368 milhões de barris, o menor nível desde 1983.
Ainda no radar, investidores aguardavam a divulgação dos dados da China, em especial do PIB e da produção industrial, monitorando sinais de demanda do gigante asiático.
Fonte: Estadão Conteúdo
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