Faltam
00 Dias
|
00 Horas
|
00 Minutos
|
00 Segundos
para o
21º Prêmio Visão Agro Brasil
sábado, agosto 23, 2025
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
  • NOTÍCIAS
  • DESTAQUES
  • NOSSOS EVENTOS
  • QUEM SOMOS
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
  • NOTÍCIAS
  • DESTAQUES
  • NOSSOS EVENTOS
  • QUEM SOMOS
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
Nenhum resultado
Ver todos os resultados

A nova geopolítica e os desafios para o agronegócio brasileiro

Redação Visão Agro por Redação Visão Agro
6 outubro, 2022
em Mercado, Mundo Agro
Tempo de leitura: 5 minutos
A A
0
Home Mercado

Barreiras tarifárias e não tarifárias, principalmente as de caráter fitossanitário, constituem, historicamente, os maiores obstáculos para o crescimento das exportações do agronegócio brasileiro.

Mais recentemente, este quadro tem se agravado ainda mais, em função de uma geopolítica incerta e conturbada pelo crescimento do protecionismo no comércio internacional, especialmente na Europa. Dois fatores contribuem para isso: a guerra na Ucrânia e a disputa de poder entre a China e os Estados Unidos no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Estas foram as principais constatações de três experientes diplomatas do Ministério de Relações Exteriores (MRE), envolvidos com a agenda europeia e asiática, que analisaram seus respectivos impactos para o agronegócio no Brasil. O encontro foi promovido nesta segunda-feira (03/10) pelo COSAG — Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp, presidido por Jacyr Costa Filho.

O evento foi organizado em parceria com o COSCEX – Conselho Superior de Comércio Exterior da Fiesp, chefiado por Jackson Schneider, vice-presidente da Embraer. Os palestrantes foram Alexandre Parola, chefe da Representação Permanente do Brasil junto à OMC, em Genebra; Pedro Miguel da Costa e Silva, chefe da missão do Brasil junto à EU, em Bruxelas; e Marcos Galvão, embaixador do País na China — todos participaram por videoconferência.

Para o presidente do COSAG, Jacyr Costa Filho, os números e cenários expostos pelos diplomatas demonstram os desafios que o agronegócio brasileiro tem pela frente: “Ainda mais na atual conjuntura global de crise no comércio de produtos e insumos agropecuários. O agro brasileiro reúne totais condições de ampliar suas exportações para a Ásia e Europa. Neste caso europeu, as tarifas impostas ao café brasileiro inibem, por exemplo, maior agregação de valor à produção nacional”.

Imposições unilaterais ou em bloco sobre as regras que regem o comércio internacional foi o tema abordado pelo embaixador Alexandre Parola. Para ele, o crescimento de medidas protecionistas é uma espécie de “volta ao passado” no sistema de comércio exterior. A luta entre EUA e China pela hegemonia político-econômica mundial vem se refletindo intensamente na OMC.

“A competição EUA-China se manifesta naturalmente na OMC. Essa disputa se dá com os EUA, que se reengajam para emplacar reformas, enquanto a China quer manter seu protagonismo atual com mínimas alterações nas regras de comércio internacional. No mundo, percebe-se o ressurgimento de uma espécie de capitalismo de estado. A posição do Brasil é desafiadora, porque nós precisamos navegar entre estas duas demandas, ainda mais considerando a tradição do País, que é favorável à preservação de um sistema multilateral de comércio”, afirmou Parola.

União Europeia

Pedro Miguel da Costa e Silva, embaixador do Brasil na União Europeia (UE), explicou que o quadro no velho continente é de atenção absoluta ao tema da guerra na Ucrânia e as consequências do conflito, que tem elevado os preços de alimentos em todo o mundo e levado à adoção de sanções comerciais. “Além das tradicionais barreiras impostas aos produtos brasileiros, estamos observando um movimento preocupante na UE: o empenho do bloco em impor ao mundo regras que inibirão o comércio global “, avaliou.

Pedro Miguel usou como exemplo a recente proposta, aprovada na primeira quinzena de setembro pelo Parlamento Europeu, de projeto polêmico que proíbe a entrada de commodities ligadas ao desmatamento naquele mercado. A medida, que ainda precisa ser validada pelos estados-membros da UE, pode afetar ainda mais a comercialização de produtos agropecuários vindos do Brasil. Segundo o embaixador, medidas como esta, que posteriormente podem ser questionadas no sistema de soluções de controvérsias da OMC, são unilaterais e com um forte componente extraterritorial, o que é muito preocupante do ponto de vista legal.

Ásia

Em relação à presença do agronegócio brasileiro no mercado asiático, Marcos Galvão revela que, em 20 anos, as exportações do Brasil para a região cresceram de 16% das exportações do agro para a região em 2001 para 54% em 2021. No caso específico da China, o salto foi ainda mais exponencial no período: de 4% para 36%. O gigante asiático atualmente absorve dois terços da produção agropecuária brasileira destinada àquele continente. Em termos de participação do Brasil no mercado chinês, o representante do Itamaraty citou a forte presença do agro nacional. A soja do Brasil responde por 66% do que a China importa anualmente. Em relação a outros produtos agrícolas adquiridos pelos chineses no mercado internacional, o Brasil teve forte participação no açúcar (57% do total adquirido pelos chineses), carne bovina congelada (39%), carne de frango (38%) e tabaco (37%).

Galvão observou ainda o fato de que a China está se urbanizando, o que elevará a renda da classe média naquele país. “A China é bem menos urbanizada do que o Brasil. Hoje, a população urbana chinesa é estimada em 883 milhões de pessoas, e deverá crescer ainda mais até o final desta década, atingindo 70% da sua população total. Comparativamente, a população urbana no Brasil é de 87% do total”, revelou.

Segundo o embaixador brasileiro, o Brasil deve estar atento à propensão chinesa de alcançar a autossuficiência na produção de alimentos, diversificando assim suas fontes de suprimento agrícola. Segundo Galvão, para aumentar a produção agrícola doméstica, a grande aposta chinesa é no investimento em biotecnologia. Para isso, investe US$ 11 bilhões ao ano. O quadro de investimentos na Europa registra US$ 8 bilhões/ano investidos nessa área, enquanto nos EUA o total é de US$ 5 bilhões/ano, na Índia US$ 4 bilhões/ano e no Brasil US$ 3 bilhões/ano.

Jackson Schneider, presidente do COSCEX-Fiesp, comentou a potência do agronegócio chinês. “Ao contrário do que muitos pensam, a China está buscando a passos largos a sua autossuficiência alimentar e energética. O Brasil deve estar atento a isso”, conclui.

Fonte: Agroadvice

Clique AQUI, entre no grupo de WhatsApp da Visão Agro e receba notícias em tempo real.

SendTweetCompartilhar
Artigo anteiror

O custo da energia nas mãos do novo Congresso

Próximo post

O QUE É O ESG E POR QUE ELE É TÃO IMPORTANTE?

Redação Visão Agro

Redação Visão Agro

Notícias Relacionadas

Com tarifaço de Trump, agro pode faturar metade do valor de 2024
Política e Governo

EUA aceitam pedido de consultas do Brasil para negociar tarifaço de Trump na OMC

por Redação Visão Agro
22 agosto, 2025

Passo foi visto de forma positiva pelo governo Lula, mas entendimento é que acordo segue difícil O governo americano aceitou...

Ler maisDetails
IRBI apresenta inovações tecnológicas para o setor sucroenergético
Carrossel

IRBI apresenta inovações tecnológicas para o setor sucroenergético

por Redação Visão Agro
20 agosto, 2025

Paulo Biagi, diretor da IRBI, em entrevista ao Portal Visão Agro | Foto: Arquivo Visão Agro A IRBI Máquinas e...

Ler maisDetails
Smar e WEG criam solução de gestão de ativos para a Nardini com potencial para todo o setor sucroenergético
Tecnologia

Smar e WEG criam solução de gestão de ativos para a Nardini com potencial para todo o setor sucroenergético

por Redação Visão Agro
20 agosto, 2025

Diretor Presidente da Nova Smar, Libânio Carlos de Souza em entrevista ao Portal Visão Agro A Nova Smar, referência global...

Ler maisDetails
Alusolda oferece soluções de corte a plasma que aumentam produtividade e reduzem custos para empresas
Tecnologia

Alusolda oferece soluções de corte a plasma que aumentam produtividade e reduzem custos para empresas

por Redação Visão Agro
19 agosto, 2025

Paulo César, diretor da Alusolda, durante entrevista ao Portal Visão Agro. A Alusolda, referência nacional em locação de equipamentos de...

Ler maisDetails
Germek apresenta tecnologia inédita de combustão para maior eficiência e sustentabilidade industrial
Tecnologia

Germek apresenta tecnologia inédita de combustão para maior eficiência e sustentabilidade industrial

por Redação Visão Agro
18 agosto, 2025

Inovação da Germek em destaque: nova tecnologia de combustão sustentável apresentada na 31ª edição da Fenasucro. A Germek Equipamentos, empresa...

Ler maisDetails
Ministério da Fazenda quer reduzir resistência à taxação de LCI e LCA
Política e Governo

Ministério da Fazenda quer reduzir resistência à taxação de LCI e LCA

por Redação Visão Agro
18 agosto, 2025

Pasta acredita em pacote regulatório que está sendo preparado voltado a tributos sobre renda fixa isenta O Ministério da Fazenda...

Ler maisDetails
Açúcar/Cepea: A precificação de bioinsumos pelo Cepea/Esalq/USP: desafios e perspectivas para o estabelecimento de um mercado futuro
Mercado

Preços do açúcar sobem com relatos de menor produtividade de cana no Brasil

por Redação Visão Agro
13 agosto, 2025

Os preços do açúcar subiram acentuadamente na sexta-feira, 08, devido à preocupação com a menor oferta de açúcar do Brasil....

Ler maisDetails
Tarifa de 50% dos EUA sobre etanol brasileiro traz desafios e oportunidades, diz presidente da Bioenergia Brasil
Bioenergia

Tarifa de 50% dos EUA sobre etanol brasileiro traz desafios e oportunidades, diz presidente da Bioenergia Brasil

por Redação Visão Agro
11 agosto, 2025

Mário Campos, presidente da Bioenergia Brasil e da SIAMIG Bioenergia, avalia impactos e desafios da nova medida imposta pelos Estados...

Ler maisDetails
Além do agro: como as tarifas dos EUA expõem a fragilidade e a dependência do Brasil
Internacional

Além do agro: como as tarifas dos EUA expõem a fragilidade e a dependência do Brasil

por Redação Visão Agro
7 agosto, 2025

Café, açúcar, carne bovina, frutas, mel, pescado, couro, e a lista é ainda muito maior dos produtos brasileiros exportados para...

Ler maisDetails
O tarifaço de 50% começa hoje: O que isso implica para a cana-de-açúcar?
Internacional

O tarifaço de 50% começa hoje: O que isso implica para a cana-de-açúcar?

por Redação Visão Agro
6 agosto, 2025

Foto: Mello Commodity A partir de hoje, 6 de agosto de 2025, entra em vigor uma nova tarifa de 50%...

Ler maisDetails
Carregar mais
Próximo post
ESG

O QUE É O ESG E POR QUE ELE É TÃO IMPORTANTE?

LinkedIn Instagram Twitter Youtube Facebook

CONTATO
(16) 3945-5934
atendimento@visaoagro.com.br
jornalismo@visaoagro.com.br
comercial@visaoagro.com.br

VEJA TAMBÉM

  • Prêmio Visão Agro
  • Vision Tech Summit 
  • AR Empreendimentos

Todos os direitos reservados 2024 © A R EMPREENDIMENTOS COMUNICAÇÃO E EVENTOS LTDA – CNPJ: 05.871.190/0001-36

Inovação, tecnologia e transformação digital no Agronegócio.
Prepare-se para o maior evento tech-agro do ano!

Saiba mais no site oficial

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Bioenergia
    • Biocombustíveis
    • Biogás
    • Biomassa
    • Energia renovável
    • Usinas
  • Mundo Agro
    • Cooperativismo
    • Sustentabilidade
    • Tecnologia
  • Mercado
    • Clima
    • Economia
    • Geopolítica
    • Internacional
    • Negócios
    • Política e Governo
    • Transporte
  • Culturas
    • Algodão
    • Café
    • Cana de Açúcar
    • Fruticultura
    • Grãos
    • Milho
    • Pecuária
    • Soja
    • Trigo
  • Insumos agrícolas
    • Adubos e fertilizantes
    • Biológicos e Bioinsumos
    • Defensivos Agrícolas
    • Implementos Agrícolas
    • Irrigação
    • Máquinas agrícolas
  • Eventos Visão Agro
    • Vision Tech Summit – Indústria do Amanhã
    • Prêmio Visão Agro Brasil
    • Vision Tech Summit – Agro
    • Prêmio Visão Agro Centro – Sul
  • Em destaque
  • Leia mais

Todos os direitos reservados 2024 © A R EMPREENDIMENTOS COMUNICAÇÃO E EVENTOS LTDA – CNPJ: 05.871.190/0001-36