A Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) disse que a prorrogação do prazo para distribuidoras de combustíveis cumprirem as metas previstas para 2022 de compra de Créditos de Descarbonização (CBIOs) “muda a regra do jogo em andamento, gerando insegurança jurídica”. O prazo, que deveria ser neste ano, passou para 30 de setembro do ano que vem. “Este é mais um retrocesso para o RenovaBio e para sua meta de emissão de créditos de descarbonização (CBIOS)”, disse em nota o presidente do Conselho de Administração da Aprobio, Francisco Turra. “O que deveria ser uma política de Estado, que reconhece o papel estratégico de todos os biocombustíveis na matriz energética brasileira virou política de preços de combustível”, afirmou.
Na avaliação de Turra, desde a criação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), em dezembro de 2004, passando pela promulgação da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), em 2017, “o País andou para trás neste ano, com a redução da mistura para 10% (B10), quando já deveria estar em B14, e convive com o enfraquecimento de uma agenda que induz eficiência e valoriza os investimentos em tecnologia limpa”.
“Com mais de 50% de ociosidade, o setor de biodiesel observa a interrupção dos investimentos e a estagnação do modelo de transição da matriz energética na direção contrária aos objetivos estabelecidos no Acordo de Paris, com impacto direto para o crescimento de economia em toda a cadeia produtiva e a eliminação do emprego verde”, acrescentou Turra no comunicado.
Fonte: Broadcast/Agro