Ao longo de todo o mês de julho, o Brasil exportou 4.123.973,3 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Sendo assim, o volume acumulado nos 21 dias úteis do mês representa 107,09% a mais do total de 1.991.369 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de julho de 2021.
Com isso, a média diária de embarques ficou em 196.379,7 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 117% com relação as 90.516,8 do mês de julho de 2021.
Na visão da SAFRAS & Mercado, as exportações começaram muito bem a sua temporada já passando de 14 milhões de toneladas acumuladas. “Enquanto as colheitas vão avançando, a logística brasileira tenta escoar o restante da safra de soja ainda presente no mercado interno e avançar no fluxo de escoamento da safrinha recorde de 2022”, observa o analista Paulo Molinari.
Ele indica que, sempre que há uma boa produção, o contexto da logística acaba pesando nos fretes internos. “Infelizmente, ainda temos um preço do óleo diesel caríssimo, apesar das baixas nos preços do petróleo e a concentração de colheita vai mantendo os fretes em patamares recordes”, comenta.
Para este sétimo mês de 2022, a Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais) começou estimando de que 5,38 milhões de toneladas de milho seriam exportadas pelo Brasil, aumentou para 6,25 milhões, reduziu para 5,94 milhões e estimou 6,09 na última semana do mês.
Já para todo o ciclo, a Anec projeta exportações brasileiras de milho em 43 milhões de toneladas, contra as 41 esperadas pela StoneX e algo entre 35 e 25 milhões estimadas pela Germinar Corretora.
Em termos financeiros, o Brasil arrecadou um total de US$ 1,160 bilhão no período, contra US$ 402,796 milhões de todo junho do ano passado. O que na média diária, deixa o atual mês com aumento de 201,7% ficando com US$ 55,239 milhões por dia útil contra US$ 18,308 milhões no último mês de julho.
Outra elevação apareceu no preço por tonelada obtido, que subiu 39,1% no período, saindo dos US$ 202,30 no ano passado para US$ 281,30 neste mês de julho.
Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas