Os contratos de petróleo encerraram a sessão desta quarta-feira (11) em alta firme pela quinta sessão consecutiva, superando os 3% de ganhos, em meio ao otimismo sobre a demanda da commodity, mesmo com os dados fortes do relatório de estoque semanal dos Estados Unidos, divulgado mais cedo.
O contrato futuro do petróleo Brent para março fechou o dia em alta de 3,21%, negociado a US$ 82,67 o barril na ICE, em Londres. Ao mesmo tempo, a referência americana do West Texas Intermediate (WTI) para março subiu 3,06%, negociado a US$ 77,68 o barril, na Nymex.
“Expectativas de uma recuperação forte na demanda chinesa por petróleo, temores em torno do próximo teto de preço [do G7] para produtos refinados russos e um enfraquecimento do dólar estão fornecendo suporte aos preços do petróleo nesta semana”, disse Troy Vincent, analista sênior de mercado da DTN.
Nesta manhã, o “Wall Street Journal” informou que autoridades dos EUA e da União Europeia (UE) estão discutindo novas sanções contra o petróleo da Rússia, que devem entrar em vigor em 5 de fevereiro, o que poderia reduzir a oferta em um momento em que a demanda deve aumentar com a reabertura da China. Segundo o jornal, as punições estabeleceriam dois limites de preço para produtos refinados russos: um para exportações de alto valor, como o diesel, e outro para produtos de baixo valor, como óleo combustível.
Os ganhos da sessão de hoje aconteceram mesmo após dados mostrarem que os estoques de petróleo nos EUA subiram 18,961 milhões de barris na semana passada, terminada em 6 de janeiro, conforme apontou o Departamento de Energia (DoE) do país. O número veio muito diferente do que apontava o consenso de economistas consultados pelo WSJ, de queda de 600 mil barris no período. Com a alta, os estoques de petróleo totalizaram na semana 439,607 milhões de barris.
Quanto ao relatório, o profissional da DTN diz que “reflete,em grande parte, o ritmo mais lento das operações de refinaria após fechamentos durante a recente tempestade de inverno, juntamente com a passagem da temporada de impostos ad valorem , que incentiva a manutenção de barris no mar até o ano novo, e ajuda a explicar o aumento relatado nas importações líquidas de petróleo”.
Fonte: Valor Econômico
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